27 de nov. de 2012

Logística do GP do Brasil na Fórmula 1 envolve 120 caminhões

Logística da Fórmula 1 conta com operação de quase duas semanas.

Logística da Fórmula 1 conta com operação de quase duas semanas.

Do momento em que as luzes vermelhas se apagam e os 24 carros de corrida aceleram na pista de Interlagos até a bandeirada para o primeiro colocado, o público acompanha a velocidade e a habilidade de pilotos de diversas nacionalidades e equipes da Fórmula 1. O que foge do seu campo de visão, no entanto, é a operação logística montada para garantir a chegada dos equipamentos com segurança e em tempo hábil para o Grande Prêmio.

No Brasil - único país onde há uma operadora local para esse tipo de serviço -, a empresa Célere de intralogística executa todo o transporte de equipamentos e materiais, bem como a movimentação interna em Interlagos, em São Paulo. Carregada em aviões ou navios, a carga chega no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) - oriunda do local do GP anterior, em Austin, nos EUA -, ou pelos portos de Santos ou do Rio de Janeiro. O restante do trajeto é efetuado por 120 caminhões preparados para cada tipo de carga, com o auxílio de 60 empilhadeiras para descarregar o material. Ao todo, cerca de 350 pessoas atuam no processo.

A execução dura aproximadamente duas semanas - para o GP do Brasil deste final de semana, a Célere está operando em Interlagos desde o dia 15 de novembro. Mas o planejamento começa bem mais cedo. Um dos coordenadores, Guilherme Osório, CEO do Grupo Movicarga (do qual a Célere faz parte), explica que a Formula One Management (FOM), instituição que gerencia a Fórmula 1 no mundo, repassa regras e orientações e discute eventuais alterações em reuniões que ocorrem a partir de março e abril, meses antes do GP. "Cada ano muda o nível de exigência", diz Osório.

Os equipamentos já vêm preparados para embarque e desembarque. Osório comenta que a principal dificuldade é o curto intervalo disponível para cumprir o processo. "Não há chance para erro. O tempo é crítico", observa. O coordenador afirma, contudo, que imprevistos acontecem. Neste ano, por exemplo, seis aviões cargueiros que chegariam a Viracopos com material da Fórmula 1 atrasaram. "O primeiro, que trazia a documentação de todos os outros, chegou em terceiro", conta. Com duas aeronaves paradas na pista sem poder descarregar, a equipe da Célere teve de repensar todo o planejamento. "Uma operação que leva normalmente cinco horas demorou entre 12 e 14 horas para acontecer", explica.

“Terra”

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