4 de dez. de 2012

Sistemas de identificação e rastreamento de veículos serão obrigatórios

Denatran deve iniciar implantação dos dispositivos a partir de janeiro de 2013, em todo o País.

A partir de janeiro de 2013, os veículos do País, incluindo caminhões, passarão a contar com dois dispositivos para melhorar a segurança contra roubos e furtos e evitar fraudes ou irregularidades. O Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) será capaz de ler informações como placa, ano e modelo do veículo por meio de antenas espalhadas em estradas, e o Sistema Integrado de Monitoramento e Registro Automático de Veículos (Simrav) oferecerá as funções de localização e bloqueio em caso de furto. A implantação e a fiscalização serão de responsabilidade do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Em estruturação desde 2006, o Siniav foi instituído por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Com tecnologia de radiofrequência (RFID) e câmeras OCR para reconhecimento, o sistema consiste na instalação de um chip de identificação nos veículos e de antenas com capacidade de leitura nas estradas. O assessor de segurança da NTC&Logística, coronel Paulo Roberto de Souza, explica que, quando o veículo cruza o local onde está a antena, os dados gravados no chip são enviados para um servidor, e as informações ficam disponíveis. "Isso vai permitir uma gestão melhor do trânsito", aposta Souza. O coronel explica, por exemplo, que uma antena que detecte a passagem de muitos carros em dado período pode ajudar a identificar pontos de congestionamento. Segundo o Denatran, as informações estatísticas obtidas pelo Siniav estarão disponíveis para todos os órgãos integrantes, abastecendo uma base de dados compartilhada.

A tecnologia também tem um viés de segurança. Apesar de não ser possível rastrear a localização exata do veículo, a combinação dos registros das antenas por onde um veículo roubado tenha passado pode ajudar a determinar seu percurso aproximado, ou definir em que direção ele está seguindo. As informações podem ajudar a polícia a bloquear a rodovia e interceptar os infratores. Além disso, o coronel lembra que o sistema será capaz de verificar, após a leitura do chip, se o veículo está com licenciamento em dia ou se há multas pendentes ou mandado judicial registrados. A identificação independe de condições de tempo, luz, clima e velocidade do veículo.

A medida vale para todos os veículos, incluindo caminhões e reboques. O Denatran é o órgão responsável por definir as condições técnicas. "Compete ao Denatran o desenvolvimento e a manutenção do sistema central, que integra e distribui as informações, bem como as especificações técnicas dos equipamentos e sua padronização", adianta o órgão. A instalação nos veículos, por sua vez, será feita pelo Departamento de Trânsito (Detran) de cada estado. A única exigência, destaca Souza, é de que haja interoperabilidade entre as placas instaladas, fazendo com que a trama de leitura seja única em todo o País. "O chip que for colocado no Ceará tem que poder ser lido em uma antena do Rio Grande do Sul", ilustra o coronel. "O sistema permite a identificação desses veículos independentemente do seu estado de origem e onde circula", detalha o Denatran.

Em janeiro de 2013, será iniciado o emplacamento com a nova tecnologia, tanto para veículos novos quanto para antigos que forem renovar a licença - o cronograma pode variar de acordo com o estado, desde que seja respeitado o prazo final de junho de 2014 para que 100% da frota esteja operando o Siniav. O preço do chip também será determinado pelos Detrans. A implantação das antenas está prevista para começar em junho do ano que vem. "Há que ter um número mínimo de veículos emplacados para identificação", informa o Denatran. O número de portais e sua localização - em rodovias ou áreas urbanas - vai depender da utilização e da definição de órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Departamento da Polícia Rodoviária Federal (DPRF) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Sistema de rastreamento também será obrigatório
Motivado pelo alto índice de roubos de veículos no Brasil, o Denatran também instituiu a obrigatoriedade do Simrav a partir de janeiro. Formatado em 2007, o sistema vai efetuar o monitoramento e o rastreamento do veículo a partir de tecnologias GSM e GPRS fornecidas pelas operadoras de celular. Pela determinação do Denatran, todos os veículos novos vendidos a partir de 1º de janeiro de 2013 deverão ter o dispositivo - no caso de estrangeiros, a importadora deverá incorporar o sistema na chegada do produto. Diferentemente do Siniav, o Simrav não precisará ser instalado em veículos vendidos antes da vigência da obrigatoriedade.

Como uma proteção do veículo, o Simrav prevê duas funções: bloqueio e localização. O bloqueio poderá ser habilitado pelo proprietário, pela seguradora ou pela Polícia (no momento do registro do boletim de ocorrência). Souza explica que a tecnologia vai depender ainda do modelo proposto pelo fabricante e pode variar, desde que atenda ao padrão técnico estabelecido pelo Denatran. "Como é baseado na rede de telefonia, é muito provável que em 80% ou 90% do território seja possível bloquear", explica o coronel. O Denatran ressalta, contudo, que o sistema deverá seguir uma série de normas de segurança, como efetuar o bloqueio somente quando o veículo não está mais em movimento, a fim de evitar acidentes.

Já a função de localização pode ser habilitada com a contratação de uma empresa de Tecnologia da Informação Veicular (TIV), que será a única autorizada a acessar as informações. "Ninguém vai rastrear o veículo se o proprietário não autorizar", garante o assessor de segurança. O dispositivo permitirá determinar a posição exata do veículo e traçar o trajeto percorrido. No preço, o coronel estima que o impacto deve ficar entre R$ 200 e R$ 300.

Segundo o cronograma estabelecido pelo Contran, a estimativa é de que 20% da produção de carros, caminhões e ônibus destinada ao mercado interno esteja adaptado ao Simrav até o fim de janeiro de 2013. A totalidade deve ser alcançada no fim de agosto do mesmo ano. Motocicletas e semelhantes devem levar mais tempo até atingirem 100% da produção de acordo com o Simrav - o órgão estabelece o prazo de janeiro de 2014. A expectativa é que, num prazo de 10 anos, 80% da frota em atividade no País seja rastreada, avalia Souza.

Entre os veículos de carga, a implantação do Simrav deve ter menos impacto do que o Siniav. Isso porque cerca de um terço dos veículos de carga no Brasil já contam com tecnologias de rastreamento. "Veículos que não usam essas tecnologias não pegam os melhores fretes", sentencia Souza. No geral, a estimativa do coronel é que entre 2 milhões e 3 milhões de veículos passem a contar com a tecnologia até o fim do ano que vem.

“Terra”

Com a chegada do calor, redobre os cuidados com o ar-condicionado

A manutenção é fundamental para evitar problemas causados pela intensificação do uso.

 

No verão, o uso do aparelho de ar-condicionado é constante durante as viagens de caminhão. Com a aproximação da estação, é importante prestar atenção a alguns cuidados para a segurança e para o melhor funcionamento do equipamento. Sem a manutenção necessária, podem surgir problemas decorrentes da intensificação do uso. "O problema mais comum com o uso intenso, na maioria das vezes, é causado pela deficiência na refrigeração do sistema em função de sujeira ou avarias no condensador, especialmente em operações com muita poeira", afirma Luiz Gustavo Schionato, engenheiro de pós-vendas da MAN Latin America.

Winson Lourenço, também engenheiro de pós-vendas da MAN Latin America explica que, com a chegada do verão, a pressão no sistema de ares-condicionados se eleva facilmente, por isso a importância de manter limpos o evaporador e, principalmente, o condensador, responsável pela refrigeração do sistema. No dia a dia, é preciso tomar algumas precauções para prolongar a vida do aparelho e manter a cabine refrigerada, como desligar o ar-condicionado antes de dar a partida no veículo. Isso evita o dano das peças elétricas nos picos de energia. "Também se deve evitar abrir os vidros e as portas com o equipamento ligado, para manter o compressor funcionando de forma mais constante e estável", afirma Lourenço.

Outro cuidado destacado pelos profissionais é abrir os vidros do veículo antes de ligar o ar-condicionado para que o ar quente seja substituído por um ar mais fresco. "Isso ajuda o equipamento a refrigerar o habitáculo mais rapidamente e evita sobrecarga no compressor", explica Shionato. Se for percebido algum defeito, a recomendação é desligá-lo e levar o veículo a uma concessionária autorizada o quanto antes para verificação. Segundo Lourenço, há riscos em utilizar o ar-condicionado com defeito, podendo, entre outros prejuízos, danificar as demais peças, encarecendo o concerto. "Por exemplo, um simples fusível queimado pode causar o travamento do compressor do ar-condicionado, cujo custo de reparo é bem maior quando comparado ao fusível", diz.

O uso constante do aparelho gera um consumo maior de combustível, variando de acordo com a potência do motor onde o sistema de ar-condicionado está instalado. "De maneira geral, um consumo extra de combustível existe já que toda vez que se liga o ar condicionado uma parte da potência do motor é consumida por ele. Em veículos de carga e passageiros, com motores diesel de elevado torque e potência, este consumo extra é irrisório e facilmente compensado pelas vantagens de conforto para motoristas e usuários, além do ganho com produtividade", pondera Lourenço.

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BR-040 e BR-116 receberão postos de parada para caminhão

A previsão é de que os espaços estejam prontos, nas duas rodovias, até abril de 2014.

Os planos de concessões das BRs 040 e 116 são os primeiros no País a prever a construção de pontos de parada para veículos de carga. As obras estarão de acordo com as determinações da Lei do Motorista, apresentando um intervalo médio de 200 quilômetros entre os espaços de apoio, o que permite que o motorista descanse a cada quatro horas. A previsão inicial é de que os espaços da BR-040 estejam prontos até março de 2014, enquanto os da outra rodovia fiquem finalizados até abril do mesmo ano.

A concessão da BR-116 em Minas Gerais vai abranger um trecho de 816,7 km, que perpassa o território mineiro, ligando o sul da Bahia ao oeste do Rio de Janeiro. Já o trecho da BR-040 se estende de Brasília (DF), no entroncamento da BR-251, até Juiz de Fora (MG), totalizando 936,8 km. A primeira rodovia congregará quatro pontos de parada, e a outra terá cinco. Os locais serão definidos pela empresa, mas precisão ser acatados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), a instalação de pontos de apoio é uma medida importante para o exercício da profissão de caminhoneiro. Para a entidade, mais do que uma exigência legal, a construção desses locais é uma necessidade de ordem humana, ao dar condições estruturais para que o motorista possa "executar sua função com dignidade e segurança".

BRs terão 19 praças de pedágios
Com validade de 25 anos, os projetos integram a fase 1 da 3ª Etapa das Concessões Rodoviárias Federais e estão previstos no Programa Nacional de Desestatização. As empresas que vencerem os editais deverão recuperar, conservar, manter, operar, implantar melhorias e ampliar a capacidade das rodovias. A publicação do governo prevê que os trechos deverão ser totalmente duplicados até o final do quinto ano do prazo da concessão, isto é, 2018. As obras da BR-040 e da BR-116 terão, respectivamente, custos de R$ 6,5 bilhões e R$ 5,1 bilhões em investimentos, além de R$ 2,5 bilhões e R$ 2,3 bilhões em custos operacionais.

Além dos pontos de apoio, também está prevista a construção de pedágios. Na BR-040, serão implantadas 11 praças, com distância de 78 quilômetros entra cada uma, abrangendo os municípios de Cristalina, em Goiás, e Paracatu, Lagoa Grande, João Pinheiro, Canoeiros, Felixlândia, Curvelo, Sete Lagoas, Nova Lima, Carandaí e Juiz de Fora, em Minas Gerais. O valor da cobrança para caminhoneiros irá custar entre R$ 6,40 e R$ 19,20, dependendo das dimensões do veículo. Já na BR-116, serão estabelecidos oito pedágios, localizados nos municípios mineiros de Medina, Caraí, Itambacuri, Governador Valadares, Ubaporanga, São João do Manhuaçu, Muriaé e Além Paraíba. Os custos para os motoristas de caminhão variam entre R$ 9,80 e R$ 29,40. A cobrança das tarifas somente poderão ter início após a conclusão de 10% das obras de duplicação.

O projeto da BR-040 prevê ainda uma série de benefícios estruturais e operacionais, tais como a implantação de nove trevos, 52 passarelas, 17 viadutos ou passagens inferiores, 30 interconexões e 62,5 km de vias marginais em travessias urbanas, além da realização de correções em 7,5 km. Já no caso da BR-116, está prevista a implantação de 21 viadutos ou passagens inferiores, 43 inteconexões, 47 passarelas, bem como 100 melhorias em acesso e 26,7 km de vias marginais em travessias urbanas.

“Terra”

ANTT avalia restrições à circulação de caminhões no Rio

BR-040 pode barrar tráfego de veículos com mais de dois eixos em horários determinados.

O tráfego de caminhões na BR-040, no trecho conhecido como Serra Rio-Petrópolis, pode sofrer restrições em horários de grande movimento em finais de semana e em feriados. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro (SECTRANS), a iniciativa deve começar pela rodovia e se expandir para outras estradas que atravessam o estado. No momento, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está avaliando a proposta.

A proibição da circulação na rodovia que liga a capital carioca a Petrópolis deve ser entre as 16h e as 22h, nas sextas-feiras e nas vésperas de feriados, e entre as 8h e as 14h, aos sábados. Segundo a SECTRANS, a geometria da estrada é bastante antiga e não comporta o tamanho dos caminhões atuais, que ocupam duas pistas para fazer curvas, provocando retenções do trânsito e acidentes. Como não há possibilidade de duplicar a rodovia imediatamente, conforme afirma a instituição, a opção foram as restrições, com o objetivo não só de reduzir os congestionamentos, mas também garantir estradas mais seguras.
Para Bendito Pantalhão, presidente da Associação Nacional dos Caminhoneiros (Antrac), os caminhões não podem ser responsabilizados por congestionamentos ou acidentes, pois o ideal seria investir em infraestrutura. "Existe uma falta de agilidade. Em vez de abrir para fluir, fecham para complicar", afirma ele. Pantalhão usa como exemplo a cidade de São Paulo, onde há congestionamento mesmo com o tráfego de caminhões restrito. "A quantidade de carros está aumentando vertiginosamente, mas não há infraestrutura suficiente", diz.
Como principal impacto ocasionado pelas restrições, o presidente da Antrac destaca o aumento do preço dos produtos transportados. Ele explica que, se o veículo for carregado e chegar à rodovia em horário proibido, precisará esperar. Como o frete é cobrado de acordo com a quantidade de carga e o tempo, haverá um custo maior. "Quem vai pagar o tempo que ele vai ficar parado? O caminhoneiro tira o seu sustento do caminhão", afirma Pantalhão. Para não ter prejuízo, o caminhoneiro repassará o custo para o embarcador, consequentemente, o valor será somado ao preço dos produtos, chegando à população. "Não precisa retirar os caminhões. Tem de melhorar a malha viária e a infraestrutura", diz.

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Rio de Janeiro intensifica a fiscalização ao tráfego de caminhões

Em uma semana, foram aplicadas mais de 8 mil multas a veículos de grande porte na cidade.

Foi só a Prefeitura do Rio de Janeiro intensificar a fiscalização do tráfego de caminhões nas vias onde há restrições de circulação que as multas se multiplicaram, desde o começo de novembro. A operação é feita por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) em conjunto com a Guarda Municipal e com a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET Rio).

As vias foram sinalizadas com placas, e os agentes dos dois órgãos agora ficam espalhados, de segunda a sexta-feira, em 25 pontos de bloqueio. Em alguns deles, realizam inclusive vistoria para conferir a carga transportada. Também são utilizados 28 equipamentos de fiscalização eletrônica, registrando as infrações por desrespeito às regras de restrição do tráfego de caminhões.

Apenas nos primeiros dias de operação, 6.056 multas foram aplicadas por eles. Ao todo, foram multados 8.243 veículos na primeira semana, além dos 28 removidos por falta de documentação ou por conduzirem pessoas dentro do baú, o que, segundo a secretaria carioca, corresponde à infração gravíssima com multa de R$ 191,54 e com perda de sete pontos na carteira.

A restrição é determinada pelo Decreto 29.231, proibindo a circulação de caminhões, assim como a carga e a descarga, no período entre as 6h e as 10h e entre as 17h e as 20h, de segunda a sexta-feira, excluindo os feriados, em 26 vias da cidade. Há previsão de ampliar, até o início de dezembro, a área onde a circulação de caminhões fica restrita. A SMTR justifica a ampliação com o grande movimento nos horários de pico em outras regiões da cidade. Com a medida, o impacto causado pelos veículos de grande porte seria reduzido. Com esse complemento, a operação deve ter a fiscalização ampliada - segundo a secretaria, a Guarda Municipal usará motocicletas para realizar o controle.

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Regulamentação da profissão de motorista entra na pauta da NTC & Logística

Encontro com Embarcadores, Transportadores e Governo ocorre em 29 de novembro, em São Paulo

Nesta semana, a Associação Nacional de Transporte e Logística (NTC & Logística) promove um painel sobre a Lei 12.619/2012, que regulamenta a profissão de motorista. O Encontro com Embarcadores, Transportadores e Governo ocorre no dia 29, na sede da entidade, em São Paulo (SP). Abertas ao público em geral, as 700 inscrições já foram preenchidas. No entanto, um telão no hall e equipamentos instalados em salas do prédio vão retransmitir o painel em simultâneo.

De acordo com os organizadores, o evento fará um balanço inicial da nova legislação. Além disso, serão discutidas quais são as medidas necessárias para que a lei possa ser totalmente cumprida. Com início às 13h30min, o painel contará com a presença de oito palestrantes, dentre os quais figuram representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTTT), da Polícia Federal, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho.

Ao longo de 2012, a NTC & Logística realizou encontros sobre a lei. O painel dessa semana é, no entanto, o primeiro que envolve questões governamentais. Realizado pela associação, o evento tem patrocínio da Autofax, da Brasil Insurance e da Sascar.

Serviço
Encontro com Embarcadores, Transportadores e Governo
Data: 29 de novembro
Horário: das 13h30min às 18h30min
Local: sede da NTC&Logística (Rua Orlando Monteiro, 21, Vila Maria, São Paulo - SP)

“Terra”

Transporte de remédios vencidos é deficiente no Brasil

Anvisa tem feito discussões sobre a logística reversa de medicamentos.

A ida ao médico e as compras na farmácia são recompensadas com a melhora do paciente. Depois da recuperação, contudo, cartelas incompletas de remédios ou vidros com restos de xarope permanecem guardados no armário (uma espécie de ambulatório caseiro). É comum que, com o passar do tempo, o prazo de validade expire, e as drogas fiquem armazenadas até serem descartadas no lixo doméstico comum - estima-se que 11% dos remédios produzidos não sejam utilizados. A prática é imprópria, e é por isso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) organizou um Grupo Técnico (GT) que está discutindo a metodologia da logística reversa de medicamentos no Brasil.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, serve de base para o debate. Por enquanto, o GT Descarte de Medicamentos da Anvisa ainda está estipulando como a operação será realizada e financiada, uma vez que não há legislação específica a nível federal. O Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está desenvolvendo um estudo de viabilidade técnica e econômica para a implementação de uma logística oficial para esse fim. Hoje, as iniciativas de coleta de remédios vencidos são todas voluntárias e contam com financiamento privado.

O programa Descarte Consciente, promovido pela Brasil Health Service (BHS), é um dos que visa a coletar medicamentos vencidos com a colaboração dos próprios consumidores. Em operação desde novembro de 2010 e presente em 11 estados brasileiros, o projeto é executado por meio de uma cadeia que envolve o paciente, o farmacêutico, a transportadora e o centro de destino. Estações coletoras (apelidadas de ECOMed) estão instaladas em farmácias e recebem os medicamentos já com prazo de validade expirado, registrando (geralmente pelo código de barras) o tipo e a quantidade descartada. Depois disso, o cliente deve separar caixa e bula, que podem ser reciclados, do medicamento, que é depositado em um dos dois recipientes (o primeiro, destinado a pomadas e comprimidos; o segundo, a líquidos e sprays).

O sócio diretor da BHS e idealizador do projeto, José Agostini Roxo, explica que o registro serve para a formulação de uma lista com todos os medicamentos que serão transportados. Além disso, o farmacêutico fica responsável por pesar e lacrar o material e repassar os dados pelo sistema. A rastreabilidade dos medicamentos é importante para evitar que os produtos sejam desviados, e viabiliza ainda o descarte de remédios cuja venda é controlada, como antibióticos e psicotrópicos. "É um local seguro para receber e armazenar o medicamento até a chegada da transportadora", garante. No caso dos controlados, a permissão ainda depende de uma autorização dos órgãos municipais de vigilância sanitária.

Atualmente, as coletas costumam ser feitas mensalmente por uma transportadora especializada. Entre elas, a Stericycle, empresa americana que opera no Brasil há cerca de dois anos e efetua coleta, transporte, tratamento e destinação dos medicamentos vencidos. O gerente corporativo da Stericycle, Fernando Bustamante, detalha que a companhia conta com 29 unidades de tratamento no País, onde o material descartado pelos consumidores é triturado e incinerado. "As cinzas que sobram vão para um aterro sanitário", explica. Os caminhões utilizados no transporte são lacrados e, após cada viagem, passam por um processo de higienização.

A iniciativa de recolher medicamentos vencidos ainda é nova no Brasil. "O volume é muito baixo", observa Bustamante. O gerente corporativo da Stericycle estima que sejam transportadas cerca de duas toneladas de remédios descartados por mês no País - número equivalente à média diária na Europa e nos Estados Unidos. Nos próximos cinco anos, a expectativa é aumentar o volume por meio de campanhas de conscientização.

Estudo pretende oferecer solução logística
O estudo da Unicamp vem servindo como base para uma proposta de política de resíduos sólidos voltada para a logística reversa de medicamentos, estabelecendo o uso domiciliar como setor prioritário de ação. Responsável pela pesquisa, o professor do Instituto de Economia da Unicamp Célio Hiratuka explica que existem três alternativas corretas para a destinação final desses compostos: incineração, processamento ou aterro industrial. "Depois que sobra na casa do consumidor, nenhum tipo de reaproveitamento é viável. O ideal é que seja descartado, para que não vá para aterro sanitário comum ou rede de esgoto", salienta o professor.

Pelo decreto de 2010, os geradores também são responsáveis pelo descarte correto dos resíduos sólidos. O GT pretende, portanto, lançar no Brasil uma dinâmica onde todos os atores da cadeia contribuam para o destino certo dos remédios. Para isso, estão sendo observadas experiências de sucesso na França, na Espanha e em Portugal. "A ideia é de que o ponto de coleta seja a farmácia. Depois, que isso seja recolhido e vá diretamente para o centro de destinação, ou fique armazenado temporariamente", detalha o Hiratuka.

O grande desafio, segundo o professor, é uma regulamentação que não permite que o recolhimento dos resíduos sólidos seja feito pelo mesmo veículo que distribui o produto recém fabricado. Eles precisam ser transportados separadamente. "Isso inicialmente inviabiliza um sistema em que a distribuidora possa fazer o transporte de resíduo", conclui Hiratuka. A medida exige que empresas especializadas sejam contratadas para cumprir o serviço, o que pode encarecer a operação.

Outra questão é a estocagem. O GT pretende definir como esses medicamentos serão embalados. O professor destaca que a maioria dos produtos químicos utilizados nas composições não representa grande perigo, mas alguns medicamentos, como hormônios, antibióticos e alguns utilizados em tratamentos intensivos como câncer, podem exigir cuidados especiais no manuseio e na movimentação. A Anvisa está organizando a discussão e reúne representantes do governo e da iniciativa privada na tentativa de elaborar um acordo setorial. A ideia é estabelecer as diretrizes e definir como será o financiamento da operação.

“Terra”

27 de nov. de 2012

Conheça dicas de como preservar a transmissão do caminhão

Ruídos ou vibrações são sinais clássicos de que o equipamento está com problemas.

Cuidados como a troca de óleo são importantes para preservar a transmissão do caminhão

Problemas no câmbio podem resultar em uma conta que só não é maior do que a manutenção do próprio motor

Modo de conduzir o caminhão e trocar as marchas também pode danificar o câmbio

Troca de marcha deve ser suave

Barulhos e ruídos metálicos podem ser indicativo de problemas na transmissão

Responsável por transferir a força de torque do motor para as rodas do caminhão, a caixa de câmbio pode ter uma vida útil superior à do motor, desde que o caminhoneiro observe alguns cuidados e respeite as orientações da fabricante. Do contrário, ele terá de arcar com o custo elevado de reparo da transmissão - que, segundo o engenheiro e diretor executivo da SAE Brasil, Francisco Satkunas, só não é mais caro do que a manutenção do próprio motor. Os cuidados valem tanto para as transmissões manuais quanto as automáticas.

Para evitar problemas no câmbio, Satkunas diz que o primeiro item a ser verificado é a lubrificação. A menos que a montadora especifique no manual uma periodicidade diferente, o diretor da SAE Brasil (associação que congrega especialistas em tecnologia da mobilidade) comenta que a inspeção é feita em média a cada 25 mil quilômetros rodados, e a troca do óleo, a cada 50 mil quilômetros. Alguns modelos contam com vareta de medição, que facilita na hora de verificar o nível do óleo. Quando o caminhão é usado constantemente ou trafega muito tempo em baixa rotação, o motorista deve ficar atento para a necessidade de realizar a inspeção com maior frequência, já que o óleo se deteriora mais rapidamente.

Além de observar o intervalo das trocas de óleo, o caminhoneiro deve optar pelo lubrificante indicado pela montadora. Caso ele não siga essa orientação, o produto utilizado pode danificar as engrenagens, onerando o proprietário do veículo com os altos custos de manutenção. Já o técnico Ronaldo Florentino, proprietário da oficina Rei da Estrada (especializada em mecânica de caminhões pesados), de Cuiabá, explica que alguns modelos de transmissores têm filtro e até radiador para refrigerar o óleo. Nesses casos, os componentes também devem passar por inspeção e, eventualmente, serem substituídos.

O inimigo do câmbio
Os cuidados com a manutenção da transmissão não são as únicas medidas possíveis para preservá-la. Durante a condução, o caminhoneiro também pode contribuir para o melhor funcionamento desse item. "O maior inimigo da caixa de câmbio é o próprio motorista", avalia Satkuna. O excesso de peso na carroceria está na lista do que deve ser evitado. O engenheiro explica que, na hora de tracionar o veículo, a caixa é exigida em um nível além da resistência para que foi projetada, o que pode encurtar sua vida útil.

A famosa "banguela" é outra vilã. Em longos declives, o motorista pode colocar em ponto morto no intuito de poupar combustível e ganhar velocidade. No final da descida, o motor pode registrar um sobregiro quando a marcha é engatada. Satkuna adverte que a prática deve ser evitada, uma vez que esse sobregiro pode danificar a transmissão. Além disso, as trocas de marcha durante o trajeto devem ser feitas com suavidade, sem forçar a alavanca do câmbio. Evitar soltar a embreagem rápido demais - ou "no tranco", como se costuma dizer - pode prevenir a quebra de dentes da engrenagem.

Há recomendações até mesmo em caso de emergências ou de pane no caminhão. Caso o veículo precise ser guinchado, o eixo cardã - que liga a transmissão ao diferencial e é responsável por emitir o torque - deve ser desconectado. Isso porque, conforme Satkuna, a caixa de câmbio tem óleo em cerca de um terço de seu interior. No funcionamento normal, o giro das rodas traseiras ocorre ao mesmo tempo em que a engrenagem da transmissão também gira, lubrificando as partes que ficam descobertas pelo óleo. Ao ser guinchado, as rodas traseiras vão girar com o motor desligado, mas o mesmo não ocorrerá na caixa de câmbio. Se o eixo cardã estiver conectado, isso pode introduzir problemas na transmissão, como uma falha de lubrificação.

Detectando problemas
Os sinais clássicos de uma transmissão com problemas, diz Florentino, são barulhos e ruídos estranhos percebidos em algumas marchas, ou uma vibração na alavanca de troca. A dificuldade na hora em que o motorista vai efetuar o câmbio também pode ser um indicativo de que está na hora de inspecionar as engrenagens. Quando se trata de um dente quebrado, Satkuna alerta que a revisão é ainda mais urgente, já que a peça de metal pode cair em outras engrenagens e causar um estrago ainda maior. A verificação pode ser feita por meio da drenagem do óleo. Se houver resíduos metálicos, o melhor é efetuar a manutenção o quanto antes.

“Terra”

Velocidade reduzida é o segredo para evitar acidentes com animais

 

Um risco presente nas estradas brasileiras, os acidentes de automóveis causados pelo atropelamento de animais provocam, na maioria das vezes, apenas lesões e danos materiais. Mas também podem levar à morte. O chefe do núcleo de estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Stênio Pires, explica que os danos maiores acontecem, geralmente, quando envolvem motos ou se os motoristas, após bater no animal, perdem o controle do veículo causando uma sequência de outros acidentes.

De acordo com o dado mais recente da PRF, em 2011, foram registrados 4.448 acidentes envolvendo animais em estradas brasileiras. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia são os estados com maior número de casos: 627, 450 e 399, respectivamente. Na sequência, estão Pernambuco, Piauí, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, todos com mais de 200 acidentes. Já as regiões com menos atropelamentos de animais são Roraima, Distrito Federal e Amapá.

As características de animais nas rodovias variam de região para região, mas há cuidados importantes para se evitar acidentes em qualquer estrada. Durante o dia, as recomendações são trafegar dentro dos limites de velocidade e manter a atenção no trajeto. À noite, se for possível, Pires recomenda que se evite estradas onde é comum encontrar animais. Caso não seja possível, as chances de enxergar o animal a tempo aumenta se o veículo estiver em baixa velocidade e se houver a luminosidade apropriada. Mesmo que não seja possível evitar a colisão, reduzir a velocidade torna o acidente menos grave. "Principalmente, ter atenção em curvas, não é raro encontrar animais deitados depois da curva. É mais perigoso, porque só são vistos quando estão muito próximos", afirma Pires.

Reservas e fazendas precisam de sinalização especial

Existem placas de sinalização nas rodovias em que é comum a travessia de animais. Segundo Pires, são estradas que passam por dentro de reservas ecológicas ou áreas onde há criação de gado de forma extensiva. Os acidentes com gado podem ser bastante perigosos. "Muitas vezes, os animais são jogados para dentro do veículo, causando lesões muito graves aos passageiros", afirma. No Nordeste, o atropelamento de jumentos é causa frequente de acidentes, principalmente no período de férias, em que é comum o tráfego de turistas não acostumados às estradas. Nesse caso, o animal, durante dia, foge do asfalto, pois está quente demais, mas, à noite, além de buscar a estrada para se aquecer, os jumentos deitam em bandos. Como sua pelagem é escura, é difícil visualizá-los.

No Ceará, os acidentes causados pelo atropelamento de animais está entre as cinco maiores causas de acidentes com veículos. No ano passado, foram 161, colocando o estado na 13ª posição no ranking dos acidentes com animais por estado. Para evitar acidentes, a PRF, além de orientar a redução da velocidade, solicita que seja avisada pelo telefone 191 quando um animal na estrada é visualizado. De acordo com as outras demandas da polícia, será enviado um veículo para apreender o animal ou para afastá-lo da rodovia.

“Terra”

ANTT avalia restrições à circulação de caminhões no Rio

 

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BR-040 pode barrar tráfego de veículos com mais de dois eixos em horários determinados

O tráfego de caminhões na BR-040, no trecho conhecido como Serra Rio-Petrópolis, pode sofrer restrições em horários de grande movimento em finais de semana e em feriados. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro (SECTRANS), a iniciativa deve começar pela rodovia e se expandir para outras estradas que atravessam o estado. No momento, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está avaliando a proposta.

A proibição da circulação na rodovia que liga a capital carioca a Petrópolis deve ser entre as 16h e as 22h, nas sextas-feiras e nas vésperas de feriados, e entre as 8h e as 14h, aos sábados. Segundo a SECTRANS, a geometria da estrada é bastante antiga e não comporta o tamanho dos caminhões atuais, que ocupam duas pistas para fazer curvas, provocando retenções do trânsito e acidentes. Como não há possibilidade de duplicar a rodovia imediatamente, conforme afirma a instituição, a opção foram as restrições, com o objetivo não só de reduzir os congestionamentos, mas também garantir estradas mais seguras.
Para Bendito Pantalhão, presidente da Associação Nacional dos Caminhoneiros (Antrac), os caminhões não podem ser responsabilizados por congestionamentos ou acidentes, pois o ideal seria investir em infraestrutura. "Existe uma falta de agilidade. Em vez de abrir para fluir, fecham para complicar", afirma ele. Pantalhão usa como exemplo a cidade de São Paulo, onde há congestionamento mesmo com o tráfego de caminhões restrito. "A quantidade de carros está aumentando vertiginosamente, mas não há infraestrutura suficiente", diz.
Como principal impacto ocasionado pelas restrições, o presidente da Antrac destaca o aumento do preço dos produtos transportados. Ele explica que, se o veículo for carregado e chegar à rodovia em horário proibido, precisará esperar. Como o frete é cobrado de acordo com a quantidade de carga e o tempo, haverá um custo maior. "Quem vai pagar o tempo que ele vai ficar parado? O caminhoneiro tira o seu sustento do caminhão", afirma Pantalhão. Para não ter prejuízo, o caminhoneiro repassará o custo para o embarcador, consequentemente, o valor será somado ao preço dos produtos, chegando à população. "Não precisa retirar os caminhões. Tem de melhorar a malha viária e a infraestrutura", diz.

Para o presidente da Antrac, os caminhões não podem ser responsabilizados pelos congestionamentos

Com as paradas para esperar o horário em que a passagem de caminhões é permitida, o frete pode ficar mais caro

Se aprovadas, as restrições valerão para caminhões com mais de dois eixos

As restrições ao tráfego de caminhões estão em avaliação na ANTT

As restrições devem ser nas sextas-feiras, nas vésperas de feriados e nos sábados, em horários de maior movimento

“Terra”

Rio de Janeiro pode ter a primeira frota de caminhões elétricos do País

 

Secretaria de Transportes do estado está na fase de negociações com grupo espanhol responsável pelo desenvolvimento de protótipo elétrico

Desenvolvido pelo grupo Applus Idiada, o protótipo de caminhão elétrico passou por um intenso período de testes, ao longo de 2010, e agora pode se tornar o primeiro passo para o desenvolvimento da tecnologia no País. Prestadora de serviços automotivos, a empresa espanhola trouxe o protótipo para o Brasil em meados deste ano, em exposições e simpósios, e o modelo foi oficialmente apresentado para autoridades da Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro em outubro.

Interessada em renovar sua frota, a secretaria está na fase inicial de negociações com o grupo espanhol, e pode tornar o estado o primeiro a investir na tecnologia elétrica em caminhões. A partir de um modelo movido a gasolina, a Applus Idiada desenvolveu e testou um caminhão elétrico, adaptando baterias no antigo conjunto elétrico e transformando a parte eletrônica central do motor.

"Desenvolvemos uma tecnologia em linguagem aberta, que pode ser utilizada por qualquer cliente que tiver interesse em executar o projeto. Na pista de testes da empresa, testamos a autonomia, a estabilidade e a capacidade de carga do protótipo, que foi validado pelo mercado europeu", afirma o engenheiro Julian Modro, analista comercial da empresa no Brasil.

Com velocidade máxima limitada a 80 quilômetros horários e autonomia de 110 quilômetros, o protótipo de caminhão elétrico precisa de quatro a seis horas para ser recarregado e utiliza um sistema de câmbio redutor similar ao dos veículos automáticos.

Segundo Modro, após feita a apresentação inicial na secretaria fluminense, as conversas deverão avançar até a finalização de um acordo efetivo entre o órgão e o grupo espanhol, mas sem previsão de valores e comercialização dos futuros caminhões elétricos. "A Idiada se posicionaria como fornecedora de tecnologia e para dar suporte no desenvolvimento dos modelos. No entanto, as conversas estão na fase inicial e colocar tudo em prática leva tempo", destaca.

“Terra”

Logística do GP do Brasil na Fórmula 1 envolve 120 caminhões

Logística da Fórmula 1 conta com operação de quase duas semanas.

Logística da Fórmula 1 conta com operação de quase duas semanas.

Do momento em que as luzes vermelhas se apagam e os 24 carros de corrida aceleram na pista de Interlagos até a bandeirada para o primeiro colocado, o público acompanha a velocidade e a habilidade de pilotos de diversas nacionalidades e equipes da Fórmula 1. O que foge do seu campo de visão, no entanto, é a operação logística montada para garantir a chegada dos equipamentos com segurança e em tempo hábil para o Grande Prêmio.

No Brasil - único país onde há uma operadora local para esse tipo de serviço -, a empresa Célere de intralogística executa todo o transporte de equipamentos e materiais, bem como a movimentação interna em Interlagos, em São Paulo. Carregada em aviões ou navios, a carga chega no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) - oriunda do local do GP anterior, em Austin, nos EUA -, ou pelos portos de Santos ou do Rio de Janeiro. O restante do trajeto é efetuado por 120 caminhões preparados para cada tipo de carga, com o auxílio de 60 empilhadeiras para descarregar o material. Ao todo, cerca de 350 pessoas atuam no processo.

A execução dura aproximadamente duas semanas - para o GP do Brasil deste final de semana, a Célere está operando em Interlagos desde o dia 15 de novembro. Mas o planejamento começa bem mais cedo. Um dos coordenadores, Guilherme Osório, CEO do Grupo Movicarga (do qual a Célere faz parte), explica que a Formula One Management (FOM), instituição que gerencia a Fórmula 1 no mundo, repassa regras e orientações e discute eventuais alterações em reuniões que ocorrem a partir de março e abril, meses antes do GP. "Cada ano muda o nível de exigência", diz Osório.

Os equipamentos já vêm preparados para embarque e desembarque. Osório comenta que a principal dificuldade é o curto intervalo disponível para cumprir o processo. "Não há chance para erro. O tempo é crítico", observa. O coordenador afirma, contudo, que imprevistos acontecem. Neste ano, por exemplo, seis aviões cargueiros que chegariam a Viracopos com material da Fórmula 1 atrasaram. "O primeiro, que trazia a documentação de todos os outros, chegou em terceiro", conta. Com duas aeronaves paradas na pista sem poder descarregar, a equipe da Célere teve de repensar todo o planejamento. "Uma operação que leva normalmente cinco horas demorou entre 12 e 14 horas para acontecer", explica.

“Terra”

VW Constellation 17330

 

Constellation 17.330

Caminhão indicado para operações rodoviárias e de distribuição. O Advantech agrega inovações tecnológicas e de segurança, tornando a condução do veículo mais simples e confortável, melhorando a sua produtividade, com durabilidade e baixo custo operacional que sempre estiveram presentes, no conceito sob medida.
Equipado com o novo motor Cummins ISL de 9 litros, seis cilindros e potência de 330 cavalos, sistema de injeção Common Rail, passa a incorporar o freio de descompressão com até 80% da potência de motor para auxiliar na frenagem, e Redução Catalítica Seletiva (SCR), com um tanque de ARLA32 (agente redutor líquido automotivo) que é pulverizado no sistema de escape e reduz os níveis de óxidos de nitrogênio no catalisador, em conformidade com o PROCONVE P7.
O ISL oferece excelente desempenho mesmo em baixas rotações e garante benefícios como retomadas de velocidade, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
Este modelo vem equipado com a transmissão ZF 16S1585 TD de 16 velocidades com servo-assistência e o novo acionamento a cabo com H sobreposto, acionado por tecla, que simplifica a troca de marchas, trazendo uma lógica de segurança que impede equívocos na mudança e danos à caixa de transmissão. Isso proporciona ainda maior precisão e conforto ao motorista, reduzindo a fadiga no dia a dia de trabalho.
O novo filtro coalescente traz mais eficiência na remoção de água no sistema de freios a ar, aumentando a vida útil de válvulas e componentes de freios, reduzindo assim o número de inspeções e intervenções e problemas de corrosão.
O novo painel de instrumentos incorpora um novo design e novas funções como indicação de marcha, indicador de troca de filtro de combustível, fornecendo ainda informações sobre as condições de operação do motor e veículo ao usuário e frotista, permitindo maior otimização e controle da operação.

 

Para este modelo temos desenho de quatros dimensões de entre eixos.

Ficha Técnica PDF

 

Entre Eixo 3560 mm:

Desenho TIF

Desenho CAD

 

Entre Eixo 4340 mm:

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Entre Eixo 4800 mm:

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12 de nov. de 2012

VW Constellation 17.290

 

Constellation 17.280

Entregas urbanas e coleta de resíduos sólidos em áreas urbanas com facilidade de implementação de caixas compactadoras e “Eixo Drop”.
Equipado com o novo motor MAN D08 de 6,7 litros, seis cilindros e potência de 280 cavalos, desenvolvido exclusivamente para as aplicações em veículos comerciais, tem dois estágios de sobrealimentação (dois turbocompressores), sistema de injeção Common Rail e tecnologia EGR, em conformidade com o PROCONVE P7.
O MAN D08 oferece excelente desempenho mesmo em baixas rotações e garante benefícios como retomadas de velocidade, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
Este modelo vem equipado com a transmissão ZF 9S 1110 de 9 velocidades com servo-assistência e o novo acionamento a cabo com H sobreposto, acionado por tecla, que simplifica a troca de marchas, trazendo uma lógica de segurança que impede equívocos na mudança e danos à caixa de transmissão. Isso proporciona ainda maior precisão e conforto ao motorista, reduzindo a fadiga no dia a dia de trabalho.
O novo filtro coalescente traz mais eficiência na remoção de água no sistema de freios a ar, aumentando a vida útil de válvulas e componentes de freios, reduzindo assim o número de inspeções e intervenções e problemas de corrosão.
O novo painel de instrumentos incorpora um novo design e novas funções como indicação de marcha, indicador de troca de filtro de combustível, fornecendo ainda informações sobre as condições de operação do motor e veículo ao usuário e frotista, permitindo maior otimização e controle da operação.

 

Para este modelo temos desenho de quatros dimensões de entre eixos.

Ficha Técnica PDF

 

Entre Eixo 3560 mm:

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6 de nov. de 2012

VW Constellation 17.190

 

Entregas urbanas, distribuição de bebidas e serviços em áreas urbanas com agilidade e facilidade de implementação de carroceria rebaixada.
Equipado com o novo motor MAN D08 de 4,6 litros, quatro cilindros e potência de 190 cavalos, desenvolvido exclusivamente para as aplicações em veículos comerciais, tem dois estágios de sobrealimentação (dois turbocompressores), sistema de injeção Common Rail e tecnologia EGR, em conformidade com o PROCONVE P7.
O MAN D08 oferece excelente desempenho mesmo em baixas rotações e garante benefícios como retomadas de velocidade, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
Este modelo vem equipado com a transmissão Eaton 5406-A, de seis marchas com acionamento a cabo, proporcionando maior conforto ao motorista e maior durabilidade ao sistema de embreagem, que agora possui um diâmetro de 395 mm.
O novo filtro coalescente traz mais eficiência na remoção de água no sistema de freios a ar, aumentando a vida útil de válvulas e componentes de freios, reduzindo assim o número de inspeções e intervenções e problemas de corrosão.
O novo painel de instrumentos incorpora um novo design e novas funções como indicação de marcha, indicador de troca de filtro de combustível, fornecendo ainda informações sobre as condições de operação do motor e veículo ao usuário e frotista, permitindo maior otimização e controle da operação.

Para este modelo temos desenho de quatros dimensões de entre eixos.

Ficha Técnica PDF

 

Entre Eixo 3560 mm:

Desenho TIF

Desenho CAD

 

Entre Eixo 4340 mm:

Desenho TIF

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Entre Eixo 4800 mm:

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4 de nov. de 2012

VW Constellation 15.190

 

Constellation-15-190

Entregas urbanas com agilidade, rapidez nos serviços rodoviários de curtas e médias distância. O Advantech agrega inovações tecnológicas e de segurança, tornando a condução do veículo mais simples e confortável, melhorando a sua produtividade, com durabilidade e baixo custo operacional, que sempre estiveram presentes no conceito sob medida.
Equipado com o novo motor MAN D08 de 4,6 litros, quatro cilindros e potência de 190 cavalos, desenvolvido exclusivamente para as aplicações em veículos comerciais, tem dois estágios de sobrealimentação (dois turbocompressores), sistema de injeção Common Rail e tecnologia EGR, em conformidade com o PROCONVE P7.
O MAN D08 oferece excelente desempenho mesmo em baixas rotações e garante benefícios como retomadas de velocidade, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
Este modelo vem equipado com a transmissão Eaton 5406-A, de seis marchas com acionamento a cabo, proporcionando maior conforto ao motorista e maior durabilidade ao sistema de embreagem, que agora possui um diâmetro de 395 mm.
O novo filtro coalescente traz mais eficiência na remoção de água no sistema de freios a ar, aumentando a vida útil de válvulas e componentes de freios, reduzindo assim o número de inspeções e intervenções e problemas de corrosão.
O novo painel de instrumentos incorpora um novo design e novas funções como indicação de marcha, indicador de troca de filtro de combustível, fornecendo ainda informações sobre as condições de operação do motor e veículo ao usuário e frotista, permitindo maior otimização e controle da operação.

Para este modelo temos desenho de quatros dimensões de entre eixos.

Ficha Técnica PDF

 

Entre Eixo 3560 mm:

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Entre Eixo 4340 mm:

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3 de nov. de 2012

VW 13190

 

Constellation-13-190

Para este modelo temos desenho de quatros dimensões de entre eixos.

Ficha Técnica PDF

 

Entre Eixo 3560 mm:

Desenho TIF

Desenho CAD

 

Entre Eixo 4340 mm:

Desenho TIF

Desenho CAD

 

Entre Eixo 4800 mm:

Desenho TIF

Desenho CAD

 

Entre Eixo 5207 mm:

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Desenho CAD

VW 19330

Conforme prometido… Iniciando as postagem dos catálogos e desenhos dos modelos VW Euro 5.

Lembrando. Os arquivos estão no Google Drive, para download gratuito… Mas se quiserem ajudar, é só clicar em um dos anúncios no Blog.

Qualquer problema no link, favor informar nos comentários.

vwconst253206x2

Ficha Técnica PDF

Desenho CAD

Desenho TIF

1 de nov. de 2012

VW–MAN EURO 5

Desenhos
G_noticia_14411
Bom pessoal, estou praparando para o feriado os desenhos de gande parte da linha WORKER e CONSTELLATION, em PDF e DWG.
Uma grande ajuda para quem faz implementações!

AGUARDEM!

25 de out. de 2012

GMC 3500, 5-90, 6-100, 6-150, 7-110, 12-170, 14-190, 16-210 e 15-190.

Mesmo pouco comum, as vezes em uma implementação encontramos alguns GMCs… Então, lá vai os dados técnicos…

GMC

GMC 3500HD

GMC3500

 

GMC 5-90

GMC5-90

 

GMC 6-100 / 6-150

GMC6-100e6-150

 

GMC 7-110

GMC7-110

 

GMC 12-170 / 14-190 / 16-220

GMC12-170e14-190e16-220

 

GMC 15-190 4x2

GMC15-1904x2

Volvo não vê alta de mercado de caminhões após queda no lucro

 

A Volvo disse não esperar crescimento dos mercados europeu e americano no próximo ano, após as encomendas e o lucro da segunda maior fabricante mundial de caminhões terem recuado no terceiro trimestre. No Brasil, a empresa estima uma alta de 5,5% no mercado em 2013.

A crise de dívida na Europa e a fraca recuperação econômica nos Estados Unidos travaram a demanda por caminhões pesados. As encomendas da Volvo no terceiro trimestre caíram 25% sobre um ano antes, superior à queda prevista pelo mercado, de 17%.

O resultado se compara ao da rival Scania, que apurou uma queda de 10% nas encomendas no período, sendo menos prejudicada por não estar presente nos EUA. O lucro operacional da Volvo caiu para 2,9 bilhões de coroas suecas (US$ 435,68 milhões), contra 5,8 bilhões de coroas um ano antes e bem abaixo da estimativa de 4,5 bilhões.

A companhia afirmou que as fábricas na Europa e nos EUA estão operando abaixo da capacidade máxima, mas não forneceu mais detalhes. A fabricante disse ainda esperar que os mercados de caminhões europeu e americano no próximo ano permaneçam no mesmo nível visto em 2012, com a demanda nos EUA ainda fraca no começo do ano.

No Brasil, onde incentivos governamentais começaram a impulsionar a demanda, o mercado deve chegar a 95 mil caminhões em 2013, ante previsão de 90 mil para este ano. Para 2012, a Volvo manteve as estimativas para todos os mercados, incluindo uma contração da indústria na Europa de cerca de 5% e crescimento de 15% na América do Norte.

“Terra”

Scania T112 H 4x2 / T112 H 6x2 / T113 H 4x2

Um conjunto de Fichas técnicas dessa serie muito presente em nossas estradas.

Clique no modelo para acessar o link e fazer o Download:

T 112 H 4x2

T112 4x2

T 112 H 6x2

T112 6x2

T 113 H 4X2

T113 4x2

22 de out. de 2012

Daimler faz estreias mundiais de leves e pesados

Entre os destaques, estão o Antos, pesado projetado para distribuição, e o Fuso Canter Eco Híbrido

Hannover: Daimler faz estreias mundiais de leves e pesados

A Daimler AG apresenta novos veículos no Salão Internacional de Transporte de Hannover, na Alemaha, entre os dias 20 e 27 de setembro de 2012. Entre os lançamentos, a marca vai apresentar a nova van urbana Mercedes-Benz Citan, o Fuso Canter Eco Híbrido e o caminhão pesado Mercedes-Benz Antos, que é o modelo indicado para aplicações de distribuição com caminhões pesados.

A Daimler Trucks, com suas marcas Mercedes-Benz na Europa e no Brasil, Fuso no Japão, e Freightliner, Western Star e Thomas Built Buses nos EUA, obteve um excelente resultado em 2011 (vendas e receitas tiveram aumento de 20%). Andreas Renschler, membro do Board da Daimler AG e responsável pela Daimler Trucks e Daimler Buses, afirma que os resultados positivos refletem em 2012: "Nos primeiros cinco meses, conseguimos aumentar nossas vendas mundiais em 23% quando comparadas ao mesmo período do ano passado. Em conjunto, esperamos que nossas vendas de caminhões sejam maiores em 2012 do que no ano passado, e nossos ganhos voltem no mínimo a se equiparar aos de 2011". 

O caminhão rodoviário Actros, que foi lançado com sucesso no mercado europeu no ano passado, terá novos sistemas de assistência. Será apresentado no IAA, o novo "Active Brake Assist" (Sistema de Assistência Ativa de Frenagem), que está em sua terceira geração.

A subsidiária japonesa da Daimler, a Fuso, apresentará o primeiro caminhão híbrido de sua categoria, o novo Canter Eco Híbrido na IAA de Hanover. O veículo entrará em produção para o mercado europeu na planta da Fuso em Tramagal, Portugal, neste semestre. Graças a sua tecnologia de propulsão alternativa, o modelo de 7.5 toneladas consome 23% menos combustível do que o modelo Canter movido a diesel. O veículo garante economia de combustível e representa um grande passo em direção do desenvolvimento dos sistemas de propulsão alternativos.

A Sprinter da Mercedes-Benz chega ao mercado equipada com transmissão automática 7G-Tronic de sete marchas que é única no segmento de vans e oferece mais conforto, economia de combustível e dinâmica de direção aos clientes. Os motores da linha Sprinter são equipados com a tecnologia BlueEFFICIENCY, resultando em economia de combustível e condução mais limpa. A combinação da tecnologia com o novo câmbio, melhora o consumo, em cerca de sete litros a cada 100 km. A Sprinter também expande sua liderança em termos de segurança com características adicionais do sistema de segurança ESP.

“icaminhões”

Vendas de caminhões começam a ser retomadas

Com a taxa de Finame abaixo da inflação, mercado mostra sinais de recuperação em outubro

Com a chegada da nova motorização Euro 5 em janeiro de 2012, dois fatos se destacaram no mercado de caminhões do Brasil. Uma delas foi a dúvida do setor com relação à preparação dos postos de combustíveis em atender os novos caminhões com o diesel S-50 e o fluido Arla 32, ambos necessários para os veículos. Outra questão foi a extrema cautela de frotistas e autônomos, que anteciparam a renovação da frota comprando modelos com tecnologia Euro 3 no primeiro trimestre (período permitido por lei). Consequentemente, esse ambiente gerou queda nas vendas. Mas o governo federal não ficou assistindo, e reagiu com medidas como a adoção de uma taxa de 2,5% ao ano para o Finame, que começa a mostrar seus resultados agora, em meados de outubro.

De acordo com o balanço parcial da Fenabrave (entidade que reúne concessionários de todo o País), as vendas de caminhões na 1ª metade de outubro já reagiram, com uma alta de 12% na comparação com igual período do mês de setembro. Foram registradas neste mês as vendas de 5.666 unidades, 615 a mais do que no período anterior.

Apesar dos sinais positivos, a retomada das compras pode esbarrar por um detalhe importante que é fruto do cenário pessimista de baixas vendas: como a queda ao longo de 2012 forçou as fabricantes a reduzirem a produção, podem ocorrer eventuais faltas de caminhões em alguns segmentos.

Para Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America, isto ocorrerá porque, como a indústria se adaptou à demanda do mercado, caso a recuperação aconteça, alguns modelos poderão entrar em "listas de espera": "A produção não retoma na mesma velocidade das vendas. Hoje não falta produto, mas até o mês de dezembro pode faltar, principalmente em alguns setores específicos", afirmou o executivo. "O segmento de extrapesados tem apresentado uma recuperação mais rápida. Não posso dizer que irá faltar, mas reagiu mais rápido. Se este ritmo de venda continuar, provavelmente vamos sentir escassez de produto", comentou. 

Para a Iveco, a reação no segmento de extrapesados já pautou a produção para o ano que vem: "Muitos clientes do segmento de caminhões pesados e extrapesados não haviam feito sua programação de renovação de frota, e agora com essa taxa de 2,5% vieram com força às compras. Com isso, os estoques e a produção rapidamente foram negociados e alguns modelos só têm previsão de entrega em janeiro ou fevereiro", fala o diretor comercial da fabricante, Alcides Cavalcanti.

Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania do Brasil, comemora a iniciativa da União em adotar uma taxa de Finame abaixo do índice da inflação: "O governo demonstra estar atento à situação do segmento. Acreditamos que as vendas do setor devem reagir positivamente mediante os esforços em cortar impostos e oferecer empréstimos subsidiados", comentou o executivo.

O Banco Mercedes-Benz registrou na última semana de setembro um aumento no número de entradas de financiamentos, que quase quadriplicaram após a entrada em vigor da taxa de 2,5%. A concessionária Tietê, que comercializa veículos da MAN Latin America, também revelou uma expectativa positiva em função do crédito mais leve ao consumidor e da antecipação de compras de 2013.

Marcel Bueno, supervisor de Marketing e Vendas da Ford Caminhões, acredita que a alta e o aumento das vendas podem demorar um pouco para mostrar seus resultados efetivos. "Quando o governo anunciou o Finame novo, ficamos praticamente três semanas sem as regras serem aplicadas até os bancos operacionalizarem com a nova taxa, que começou no final de setembro. Além disso, um caminhão demora para ser emplacado: primeiro, ele sai da montadora inacabado, vai para a implementadora e aí então para o emplacamento. É um período de 30, 45 dias, para ele aparecer como emplacado. E isto gera um atraso para que nós possamos ver alterações na indústria", explica Bueno.

A expectativa de todos os executivos das fabricantes é a prorrogação da taxa de 2,5% ao ano: "Hoje, trabalhamos com a taxa até dezembro. Sempre contamos que o governo olha o segmento de perto, e que se o mercado ainda precisar deste incentivo de taxa, acreditamos que o governo mantenha o Finame no patamar atual, pois ele é responsável por 85% a 90% dos negócios", afirmou Marcel Bueno, da Ford.

Menos otimismo para os implementos

De janeiro a setembro deste ano, as empresas produtoras de implementos rodoviários venderam 119.397 unidades, 17% a menos do que no mesmo período do ano passado. Em 2011, de janeiro a setembro foram vendidos 143.715 implementos.

Das 15 faixas de produtos analisadas pela Anfir (Associação dos fabricantes de implementos) no segmento Pesado (reboque e semirreboque), somente uma - a Carrega Tudo - registrou desempenho positivo. Há casos de queda de 0,1% (baú frigorifico) a 31% (soma dos três modelos de tanques: carbono, inox e alumínio). No total, o segmento Pesado registrou 38 mil unidades vendidas de janeiro a setembro, o que representa queda de 16% ante o mesmo período do ano passado.

No segmento Leve (carroceria sobre chassis), todas as sete faixas de produtos analisadas estão em queda. A menor redução está registrada em tanque (3,6%) e a maior em baú lonado (32,76%). No total, de janeiro a setembro foram comercializadas 81.397 unidades do segmento Leve, o que representa redução de mercado de 17% sobre o mesmo volume apurado no ano passado. 

"A retomada do mercado poderá acontecer já em outubro, porém é cedo ainda para prever quais as primeiras linhas de produto que responderão positivamente," diz Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir. "A taxa de juros de 2,5% ao ano é muito importante, porém o setor depende do aquecimento da atividade industrial, além de outros setores da economia", explica Alcides Braga, presidente da associação.

“icaminhões”

Pastre conclui compra da Boreal

Processo de compra da fabricante de implementos rodoviários iniciou em dezembro de 2008.

Pastre conclui compra da Boreal

A Pastre anunciou ter concluído no fim de setembro a compra das cotas restantes da Boreal, até então pertencentes ao empresário Rafael Wolf Campos. Hoje, o Grupo Pastre produz 2.400 implementos rodoviários por ano, tem 500 colaboradores e ocupa a 8º posição no ranking do setor de fabricantes de reboques e semirreboques.

O processo de compra da Boreal foi iniciado em dezembro de 2008, quando ocorreu a compra de 50% das cotas existentes da então fabricante de baús frigoríficos. Após o aporte financeiro, a empresa ampliou a linha de produtos, chegando a lançar na última Fenatran uma linha de baús lonados (siders). 

Nascida como Bonano do Brasil, a Boreal tem 17 anos de história. A Metalúrgica Pastre iniciou suas atividades em 1974 como Oficina Pastre, e em 1976 dedicou-se à fabricação de caçambas basculantes. 

Lauro Pastre, diretor industrial da empresa que leva seu sobrenome, considera que a proximidade das duas empresas em Quatro Barras (PR), às margens da Rodovia Régis Bittencourt, facilitará o processo de incorporação. E acrescenta que a Pastre mantém seus planos de ampliação da produção.

“icaminhões”